30 de set. de 2008

BANCOS EM "CRISE"



por Luiz Rogério de Carvalho


A atual crise financeira americana, originada de empréstimos para aquisição de imóveis, que não foram pagos, levando à quebra de vários Bancos, assim como aquela crise de alguns Bancos brasileiros, no governo FHC, que levou à criação do famoso Proer, quando, mais de 10 bilhões foram aplicados para salvá-los, está deixando os americanos revoltados com a possibilidade de que o dinheiro público seja usado para salvar Bancos mal administrados.

Historicamente, pelo menos no Brasil, os banqueiros representam a classe econômica que tem os maiores lucros em seus negócios. É só ver os balanços.

Para o cidadão comum, é incompreensível que os cofres públicos, com o dinheiro dos contribuintes, tenham que socorrer instituições financeiras que, por serem mal geridas, apresentam prejuízos, enquanto que, em outros ramos de negócio as empresas mal administradas são penalizadas com a falência.

É essa coisa esquisita do neo liberalismo que, às vezes, tem a aparência de um socialismo às avessas, onde o contribuinte pobre, que representa a maioria, através do Estado, tem de ajudar o rico.


26 de set. de 2008

VIVER (para um amigo)



por Luiz Rogério de Carvalho


Nas coisas lindas da vida, a alegria de amar e ter sido amado, de ter tido amigos, ter podido apreciar e amar a natureza que nos envolve, consciente de que a vida é bela, mesmo com os obstáculos e espinhos que, muitas vezes encontramos em nosso caminho, a chegada ao fim da jornada, quando estamos certos de que em nossa passagem pelo mundo procuramos, acima de tudo, praticar o bem, então, encontramos enfim, não a morte, mas, o podium dos vencedores.

Até o momento da chegada, ofegante, cansado, naquele esforço supremo, quando, num leito de hospital, ligado por dezenas de aparelhos, estamos cercados de parentes e amigos que, chorando clamam por nossa permanência neste mundo, nós, só nós, podemos sorrir, por que temos a certeza de que nossa vida não foi vazia, e estamos partindo na certeza de ter sempre procurado fazer o melhor.
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GENÉRICOS



por Luiz Rogério de Carvalho


A preocupação com o custo dos remédios, especialmente para as pessoas e famílias de baixa renda, considerado que representam importante parcela nas despesas, foi que levou o governo a criar a categoria de remédios “genéricos”, que seriam identificados, nas embalagens, apenas pelos princípios ativos contidos em suas fórmulas.

O anúncio foi de que os preços dos genéricos seriam uma alternativa nos custos de tratamentos de saúde, uma vez que seriam, em média, 40% mais baratos que os remédios de referência.

Entretanto, hoje, não é o que se constata quando se vai à farmácia para adquirir um medicamento genérico, pois, embora muitos sejam mais baratos que aqueles de referência, não raro, encontra-se medicamento genérico custando até o dobro do mesmo medicamento de referência, de marca.

Tem alguma coisa errada que precisa ser explicada pela ANVISA, ou outro órgão governamental regulador.
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22 de set. de 2008

A QUALIDADE PODE PIORAR.



por Luiz Rogério de Carvalho


A operação “Moeda Verde” que, realizada em Florianópolis pela Polícia Federal, levantou a existência de um grande número de pessoas, da administração pública, e particulares que, conluiados, na meta do enriquecimento a qualquer preço, estão fazendo de nossa encantadora ilha um lugar que, em poucos anos, terá os seus encantos transformados em pesadelo para os seus habitantes.

Na ocasião da operação, nas pessoas que desejam ver as belezas desta encantadora ilha perpetuadas para que gerações futuras também possam gozá-las, houve um momento de esperançosa expectativa. Os corruptos e os corruptores, seriam punidos independente do poder político e econômico que ostentam.

Ledo engano, pois os depredadores do meio-ambiente, aqueles que corrompem políticos para construir em áreas preservadas, e invadindo e aterrando mangues, continuam construindo fora de padrões legais, sempre acobertados por funcionários públicos e políticos desonestos, continuam livres e, até estimulados, tendo até vereador que, acusado de intermediar crime ecológico, defendendo construções irregulares em troca de benefícios pessoais, depois de ter seu mandato cassado, por meio de decisões judiciais, está de volta, para tudo continuar como antes.

Agora, a Polícia Federal fazendo a sua parte, na “Operação Dríade”, levantou a existência de novas safadezas contra o meio-ambiente, na região da Grande Florianópolis, onde, entre outras falcatruas, empresa teria subornado vereador de Biguaçú, com 1 milhão de reais. Loteamentos em área de preservação permanente estavam sendo aprovados para 3 empresas, por meio de alteração do plano diretor. A PF concluiu que houve a formação de quadrilha para a obtenção de licenças ambientais falsas.

Diante de tantas evidências, a PF pediu a prisão preventiva de 22 pessoas, que estariam envolvidas no esquema. A Juíza Federal justificando sua decisão, decretou a prisão temporária de 14 pessoas. Entre os presos, todos já libertados por força de medidas judiciais, estão dois funcionários da empresa Proactiva, multinacional responsável pelo transporte do lixo de Florianópolis para o aterro sanitário de Tijuquinhas, que estaria poluindo rios e, por conseqüência o mar da região, onde está localizada a Reserva do Arvoredo, unidade de preservação federal. Um empresário, já preso na operação moeda verde, agora voltou para a carceragem da PF, desta vez, por que, como dono da empresa Implac, do ramo de plásticos, teria incorrido em graves irregularidades ambientais. Ficou pouquíssimo tempo preso, pois, logo de início, seu advogado conseguiu que, por motivos de saúde, fosse transferido para uma clínica particular de onde saiu beneficiado por habeas-corpus.

Pois é, assim se agride o meio-ambiente, construindo em mangues aterrados, em áreas de preservação permanente, beira da Lagoa da Conceição, e forçando a alteração de plano diretor, para satisfazer a incontrolável ganância da construção civil que, sem a menor preocupação com as condições de infra-estrutura das cidades, promove, não o crescimento, mas sim, o inchaço urbano.

Enquanto isso, em propaganda na mídia nacional, Florianópolis é cantada como a capital que oferece a melhor qualidade de vida do Brasil, e o Estado de Santa Catarina é tido como um Estado progressista, com um dos melhores índices de alfabetização nacional, e apresentando qualidade de vida entre os melhores do país.

Em contra-ponto, a imprensa nacional tem noticiado que somos o 3º Estado que mais consome madeira ilegal, vinda da Amazônia, e a Mata Atlântica, localizada em nosso Estado, é a que apresenta maior índice de desmatamento em todo o país, a água potável, especialmente a do oeste catarinense, está próxima do comprometimento, por causa da enorme quantidade de dejetos suínos, que são lançados nos rios da região. Nem as matas ciliares de nossos rios estão sendo respeitadas, pois são derrubadas, para, em seu lugar, plantar pinus eliotis, árvore exótica que, em mata homogênea, acaba com a flora e a fauna regionais.

Para mudar este quadro, que lamentamos expor, esperamos que ocorra mudança de atitude de muitos políticos, e sejam punidos os corruptos e corruptores, pois, a continuar a situação como está, somos forçados a admitir que, os anunciados encantos de nosso Estado e de sua Capital, não passam de mera propaganda enganosa.

6 de set. de 2008

EXCESSO DE ALUMÍNIO NA ÁGUA DA CASAN



por Luiz Rogério de Carvalho


Se, comprovadas as denúncias, da existência excessiva de sulfato de alumínio na água que a Casan fornece à população de Florianópolis, fica em todos um temor justificado, pois, é sabido que essa substância, usada para tirar a turbidez da água, se adicionada em quantidade fora da recomendada pela Anvisa, pode causar sérios danos à saúde, incluído o mais temido dos males, o câncer.

Estranha é a atitude de diretor da Casan que, diante da existência de cinco exames laboratoriais, que mostram a existência de alumínio, em excesso, simplesmente nega o fato. Melhor seria mandar fazer uma análise oficial, para um completo esclarecimento.

Confiante que a água fornecida pela Casan era de boa qualidade, há bastante tempo abandonei o hábito de tomar água mineral, instalei um filtro de parede, e passei a tomar a água da Casan, vinda da Serra do Tabuleiro, parque ecológico protegido, achando que fosse bem tratada e passível de ser tomada, sem nenhum risco para a saúde humana. Temo ter caído do cavalo.