24 de mar. de 2010

O FUMANTE



Por Luiz Rogério de carvalho


É muito difícil convencer um fumante, do mal que o fumo lhe causa , assim como do inconveniente que ele representa aos demais não fumantes, compulsivamente fumantes passivos, pois os longos anos de vício já criaram nele uma falsa noção de que fumar é coisa normal, e de que todos devem tolerar essa “normalidade”.

Se ele está em sua casa ou apartamento, aí então nem falar em não gostar do cheiro da fumaça do seu cigarro. Quando muito, o fumante vai para próximo de uma janela, e aí acha que todos os demais estão protegidos. Até esquece que a massa de ar da rua, sendo muito maior, empurra para dentro do ambiente interno todo o produto do seu prazer.

Felizmente, hoje já temos lei que proíbe o fumo em lugares fechados públicos. Esta lei protege até os próprios fumantes, aqueles que, em seus estabelecimentos comerciais, inconscientemente, fumando, criariam uma barreira entre seus possíveis clientes, que não fumam.

Também, nas relações pessoais mais íntimas, o cigarro é um grande entrave, pois, para o não fumante, beijar um fumante é quase como estar beijando um cinzeiro, tal o gosto desagradável da nicotina, acumulada nos órgãos internos do fumante. Daí o resultado de muitos desentendimentos, e até separações de casais.

Sendo o tabaco um causador, comprovado, de tantos aborrecimentos, de tantas doenças que matam, e afetam a saúde pública com enorme custo social, melhor seria que, em intensas campanhas, os governos incentivassem o abandono do cigarro, desestimulando essa indústria que, embora rentável e pagando altos impostos, na realidade produz a morte.


10 de mar. de 2010

ESQUERDA FESTIVA



Por Luiz Rogério de Carvalho


Grande parte dos que ainda se intitulam esquerdistas no Brasil, na realidade, não passam de membros da “esquerda festiva”, aquela composta por pessoas com altos salários, geralmente recebendo dos cofres públicos, e usufruindo, como grandes consumistas, de todos os benefícios que o capitalismo oferece.

Assim, é muito fácil defender o regime totalitário de Fidel Castro, o socialismo, e o comunismo já sepultado na Rússia, bem como ser simpático ao “Socialismo Bolivariano” do populista Hugo Chaves, que vem avançando, na mesma proporção em que retrocede a democracia na Venezuela.

Sobre este assunto, o inteligente e polêmico economista Roberto Campos, assim definiu a esquerda festiva: “É divertidíssima a esquizofrenia de nossos artistas e intelectuais da esquerda: admiram o socialismo de Fidel Castro, mas adoram também três coisas que só o capitalismo sabe dar – bons cachês em moeda forte, ausência de censura e consumismo burguês; trata-se de filhos de Marx numa transa adúltera com a Coca-Cola”.