Por Luiz Rogério de carvalho
É muito difícil convencer um fumante, do mal que o fumo lhe causa , assim como do inconveniente que ele representa aos demais não fumantes, compulsivamente fumantes passivos, pois os longos anos de vício já criaram nele uma falsa noção de que fumar é coisa normal, e de que todos devem tolerar essa “normalidade”.
Se ele está em sua casa ou apartamento, aí então nem falar em não gostar do cheiro da fumaça do seu cigarro. Quando muito, o fumante vai para próximo de uma janela, e aí acha que todos os demais estão protegidos. Até esquece que a massa de ar da rua, sendo muito maior, empurra para dentro do ambiente interno todo o produto do seu prazer.
Felizmente, hoje já temos lei que proíbe o fumo em lugares fechados públicos. Esta lei protege até os próprios fumantes, aqueles que, em seus estabelecimentos comerciais, inconscientemente, fumando, criariam uma barreira entre seus possíveis clientes, que não fumam.
Também, nas relações pessoais mais íntimas, o cigarro é um grande entrave, pois, para o não fumante, beijar um fumante é quase como estar beijando um cinzeiro, tal o gosto desagradável da nicotina, acumulada nos órgãos internos do fumante. Daí o resultado de muitos desentendimentos, e até separações de casais.
Sendo o tabaco um causador, comprovado, de tantos aborrecimentos, de tantas doenças que matam, e afetam a saúde pública com enorme custo social, melhor seria que, em intensas campanhas, os governos incentivassem o abandono do cigarro, desestimulando essa indústria que, embora rentável e pagando altos impostos, na realidade produz a morte.
4 comentários:
Caro Tio Ruja,
Detesto o cigarro. O Cigarro, com maiúscula, essa entidade maligna e poderosa, mata as pessoas. Matou meu pai e minha mãe. Fui uma criança que passou a infância reclamando do cigarro em casa, e na época, como ainda não existia a forte consciência que há hoje do fumo passivo (anos 70), não me davam ouvidos. Sofri. Sou um sujeito bastante civilizado e bem udecado, mas quando se trata dele, do cigarro, acabo por me transformar em um irritado ser humano de pavio curto. Não venha baforar perto de mim! Não venha fumar na minha casa (nem na janela), no meu carro!
abraço
Cesar Cruz
S.Paulo
Rogério,
Tens razão, no que toca aos males que o vício provoca diretamente ao fumante, como aos males que atingem as pessoas que convivem com os viciados - as crianças são as que mais sofrem com os venenos que o cigarro contém, por terem imunidade mais baixa que a pessoa adulta.
Parabéns pelo teu excelente artigo, que deve ser lido como texto de utilidade pública.
Um forte abraço,
Pedro.
Oi, Rogério, gostei de teu texto. Citar todas as substâncias que existem dentro desse ‘enroladinho maléfico’ não adianta. O viciado não quer nem saber.
Abordaste pelo lado social da coisa: muitas vezes pode causar maior reflexão no coitado do fumante. Digo ‘coitado’ pelo vício que é difícil de abandonar. Esse triste vício foi-lhe imposto como algo de muito charme, há décadas. Agora, taí a bomba estourando.
Bjs
Tais Luso
Tio Ruja, (Rogério, para os íntimos, como vi os amigos Pedro e Tais usarem; me permita!)
Precisei voltar aqui, pois me lembrei de uma entrevista que assisti no Jô, há muitos anos. Era um cardiologista o entrevistado, Dr.Jamil Murad, se não me falha a memória. Em certo momento do papo, cheio de bom humor, ele mandou esta: "Jô, gosto de explicar aos meus pacientes fumantes o seguinte: o cigarro é um bastão com uma brasa numa extremidade e um idiota na outra".
Abraços
Cesar
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