Tenho acompanhado a evolução numérica das igrejas ditas evangélicas, especialmente daquelas que, notoriamente, têm a preocupação financeira em primeiro lugar, visto que o pagamento do dízimo é obrigatório, e seus dirigentes, como se percebe, promovem até cursos de treinamento, ensinando métodos de convencimento, para conseguir tirar dos adeptos o máximo em dinheiro.
A técnica empregada por essas igrejas, que fazem verdadeira
lavagem cerebral nos “fiéis”, levando-os ao fanatismo, tem sido muito
eficiente, pois basta verificar o crescimento da maioria delas, que pagam às
redes de televisão, pela compra de horários, verdadeiras fortunas, sendo que,
algumas, já possuem suas próprias emissoras de TV.
Não fosse só o poder econômico dos dirigentes, que está em
constante crescimento, não satisfeitas, enveredaram para a atividade política,
onde já detém expressiva representação em quase todas as casas legislativas do
país, sendo que, no Congresso Nacional já se constituíram em forte
representação, autodenominada bancada evangélica. Isto num país que tem uma
Constituição laica.
Observa-se também, que a maioria das igrejas evangélicas, com
determinação e competência, sabendo da influência dos esportistas, especialmente
jogadores de futebol, nas camadas mais simples da população, vêm cooptando
muitos jovens jogadores, para participar das atividades religiosas. Por isso, é
comum nos estádios ver jogadores, especialmente os ídolos, no momento da
comemoração do gol, despir-se da camisa do seu clube, ou simplesmente
levantando-a, para mostrar, na camisa que veste por baixo, slogans religiosos, símbolos
de sua “fé”, o que, na realidade, representa uma verdadeira propaganda.
Diante disso, é fácil constatar porque essas igrejas, e seus
dirigentes, despontam como verdadeiros gigantes do poder econômico, superando o
crescimento de grandes corporações econômicas produtivas, pois a acumulação de
recursos é muito fácil quando se recebe de muitos, e com isenção de qualquer
tipo de imposto.
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