por Luiz Rogério de Carvalho
A notícia foi amplamente divulgada pelos jornais de todo o mundo. Aquela da jovem que, na Arábia Saudita, depois de estuprada 14 vezes, mas por estar acompanhada de um homem, em público, contrariando as leis do país, foi condenada pela Suprema Corte à prisão de 6 meses, e a receber 200 chibatadas.
A repercussão da notícia, em quase todos os paises, revoltou as pessoas, pela violência, desumanidade e discriminação da mulher que, em muitos paises do oriente, ainda é considerada objeto.
Nos Estados Unidos, onde, apesar de todas as mazelas existentes, pode-se dizer que existe democracia, o Presidente Buch, campeão do intervencionismo, que se preocupa, prioritariamente, com a situação econômica de seu país, ignorando problemas mundiais, como o aquecimento global, onde o seu país é o maior responsável pelas emissões de gás, depois de todos os apelos recebidos para interferir junto ao Governo Saudita, para que a Corte reverta a decisão, ele insiste em omitir-se, para não perder o apoio dos sauditas à política intervencionista no Iraque.
A indignação de todos diante da desumanidade da decisão da Suprema Corte saudita é compreensível, especialmente no ocidente, onde cresce a preocupação pela igualdade de direitos.
Embora criticando e não aceitando a lei saudita, que discrimina de forma desumana e vergonhosa a mulher, temos de admitir que, mesmo diante da condenação de muitos paises, a Corte Suprema aplicou a lei, porque ela existe, e lei é para ser cumprida.
Bem diferente do que acontece no Brasil, onde muitas leis não são sequer regulamentadas e, quando são, ficam longe de serem cumpridas, pois aqui existe a cultura da lei que pega, e da lei que não pega. Isto, sem considerar que, para tangenciar a lei, no Brasil existe a influência do poder político ou do poder econômico, muitas vezes dos dois.
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