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por Luiz Rogério de Carvalho
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A existência de prisão especial para quem tem curso superior e para religiosos, sempre soou como um privilégio odioso, verdadeira discriminação, que vai contra a própria Constituição Federal, que diz que todos são iguais perante a lei. È a consagração de duas classes de cidadãos: os privilegiados, por que tiveram oportunidade de estudar e de melhor colocar-se na sociedade, e os outros, cidadãos que embora mesmo dando duro para vencer na vida, não tiveram a oportunidade de receber um diploma, que lhes garantisse o privilégio.
Isto, sem falar de que aquele, detentor de uma diploma de curso superior, por ter sido melhor informado da existência de normas que regulam a vida em sociedade, quando delinque o faz mais consciente do erro e, só por isso, já deveria ter punição exemplar.
Concordo com a posição da OAB, quando diz que os presos no Brasil “são tratados como verdadeiros dejetos humanos”, havendo necessidade de criação de prisões que garantam um mínimo de dignidade aos detentos.
O projeto de lei em discussão no Senado, a meu ver, acertadamente, acaba com a prisão especial para quem tem curso superior e para religiosos.
Entretanto, peca quando estabelece a prisão especial para ministros de Estado; governadores, senadores, deputados federais e estaduais; prefeitos e vereadores; membros das Forças Armadas; magistrados, delegados e membros do Ministério Público e da Defensoria Pública; membros dos Tribunais de Contas; e de cidadão que já tenha exercido efetivamente a função de jurado.
Ora, se todos são iguais perante a lei por que prisão especial para quem, sabendo da responsabilidade do cargo delinquiu, e foi condenado?
A nova lei proposta, acabando com o privilégio da “prisão especial” para quem tem curso superior, cria um novo privilégio para verdadeiras “castas”, sendo o principal alvo a dos políticos, especialmente os corruptos, que ali se encastelam para gozar do benefício da impunidade que, na prática, está instalada no Brasil.
Isto, sem falar de que aquele, detentor de uma diploma de curso superior, por ter sido melhor informado da existência de normas que regulam a vida em sociedade, quando delinque o faz mais consciente do erro e, só por isso, já deveria ter punição exemplar.
Concordo com a posição da OAB, quando diz que os presos no Brasil “são tratados como verdadeiros dejetos humanos”, havendo necessidade de criação de prisões que garantam um mínimo de dignidade aos detentos.
O projeto de lei em discussão no Senado, a meu ver, acertadamente, acaba com a prisão especial para quem tem curso superior e para religiosos.
Entretanto, peca quando estabelece a prisão especial para ministros de Estado; governadores, senadores, deputados federais e estaduais; prefeitos e vereadores; membros das Forças Armadas; magistrados, delegados e membros do Ministério Público e da Defensoria Pública; membros dos Tribunais de Contas; e de cidadão que já tenha exercido efetivamente a função de jurado.
Ora, se todos são iguais perante a lei por que prisão especial para quem, sabendo da responsabilidade do cargo delinquiu, e foi condenado?
A nova lei proposta, acabando com o privilégio da “prisão especial” para quem tem curso superior, cria um novo privilégio para verdadeiras “castas”, sendo o principal alvo a dos políticos, especialmente os corruptos, que ali se encastelam para gozar do benefício da impunidade que, na prática, está instalada no Brasil.
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4 comentários:
Coberto de razão.
Mas você realmente esperava que algo diferente disso fosse proposto no Senado ?
Caro tio Ruja,
Excelente esta postagem, sobre a prisão especial. Excelente também a da ponte, na qual estão mais preocupados em preservar o visual à vida das pessoas (não se apoquente, isso é típico do Brasil, meu caro; você bem sabe) e a da Velha do saco, então!Excelente!
Gostei do blog, amigo. Voltarei. Ou melhor, seguire-o! Gosto de escritores que cuidam da gramática(esta pobre surrada)e abordam temas relevantes, pitorescamente cotidianos e gostosos, como estes teus.
Parabéns.
(ah, encontrei-o no blog da excelente Tais. Grata surpresa!)
forte abraço,
Cesar Cruz
S.Paulo/ SP
Caro tio Ruja, tudo bem?
Gostaria de discordar rssss, mas o Tio está coberto de razão.
Seria uma reforma sem grandes mudanças, pois haveria privilégios para castas de meliantes, e por isso mesmo nada honradas.
Grato pela acolhida.
Saudações fraternas,
Fernando, O CLARO
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